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ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

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Speed Metal Sacrifice

Evento: Speed Metal Sacrifice
Data: 05/07/2025
Local: Darkside Studio. Recife/PE
Bandas:
- Final Creation (Death Metal - PE)
- Demön Haunt (Speed Metal/Punk - PE)
- Overdose Brain (Speed/Thrash Metal - PI)
- Hell Poison (Speed/Black Metal - PI)

Resenha por Valterlir Mendes
Fotos: Rosberg Rodrigues & Valterlir Mendes


O dia 05 de julho de 2025 foi um dia simbólico, já que marcou a data do último show do Black Sabbath, os criadores do Heavy Metal. Muita gente ficou tentando acessar, por meio da internet, o evento que marcou a despedida da banda. Isso gerou - de certo forma dá até para entender - curiosidade por um grande número de pessoas para assistir o evento, mesmo que pela Internet. Mas, em paralelo, também ocorriam os eventos Underground Brasil afora. Recife não ficou de fora...

O Speed Metal Sacrifice havia sido anunciado desde o mês de abril do corrente ano, primeiramente para o mês de junho e, posteriormente, confirmado, de fato, para este mês de julho. Minha animação foi total, pois o Overdose Brain estava no ‘cast’. Eu havia conhecido o som da banda através do álbum homônimo, lançado em 2022, que baixei em MP3 e que, neste evento, tive a oportunidade de pegar em CD. Pena não ter o primeiro EP da banda para venda.

Depois de uma viagem tranquila, sem pegar trânsito “engarrafado”, chegamos ao local do evento no horário marcado para o seu início, ou seja, 20h00. Ainda ouvimos o Final Creation tocando, mas era só uma passagem de som. A movimentação não era tão grande, mas se via, aos poucos, os Headbangers chegando para conferir o evento.

Já fazia um tempo que eu não pegava shows no Darkside Studio e, nesse ínterim, houve algumas mudanças no local, como a mudança de posição do palco, que, ao meu ver, ficou bem melhor, já que este ficou de frente para o público e não do lado. Pena não ter uma altura maior para facilitar a visão de quem fica mais atrás. O espaço, mesmo sendo fechado, tem uma boa refrigeração, o que não o torna uma “sauna”.

A movimentação de pessoas não era enorme, mas satisfatória. Para quem gosta de adquirir material Underground, havia stand de camisetas, CDs, além do material exposto pelas bandas que iriam tocar. Para beber e comer, havia o bar do próprio Darkside, comida vegana...

Como dito anteriormente, o evento estava marcado para começar às 20h00, mas, de fato, começou às 21h10, quando a Final Creation deu início ao seu show. Eu havia visto um show da banda em Caruaru recentemente e a banda continua com sua saga Death Metal. Assim como no show que vi anteriormente, neste show a Final Creation nos apresentou um som, como era de se esperar, para quem já a conhece, com muitos elementos próprios, mesmo que este som transite numa linha ‘old school’. Há uma verdadeira hecatombe sonora na música da Final Creation, porém sem que usem de velocidade constante. Pelo contrário, o som da banda segue linhas mais densas, “marcadas”, para bater cabeça, enquanto as passagens velozes são usadas como complementos. Os vocais de Alexandro são aterrorizantes, usados entre o gutural e o ríspido. A parte instrumental está bem coesa, e a sononrização ajudou a deixar tudo bem audível, porém notei que o vocal soava um pouco abaixo da massa sonora emanada pela banda. Entre sons próprios como “Night of Ritual”, “Carnal Desire”, “In the Valley of Death” (oferecida à Davis Peste) e “The Last Breath” (novo single), a banda ainda mandou um cover para “Lunatic of God’s Creation” do Deicide, algo comum nos shows da banda.

Não demorou muito tempo para os habituais ajustes de palco e às 22h15 a 
Demön Haunt deu início a sua apresentação. A banda, na verdade, é um projeto de Igor Moshcide (guitarra e vocal), que, neste ato, estava acompanhado de Maurício Bagar (baixo) e Caco Luza (bateria). A banda faz um Speed Metal/Punk realmente contagiante e o que ouvimos em sua apresentação foi uma música calcada na velocidade e peso, em doses cavalares. Apesar de inicialmente (início do evento) eu achar a sonorização muito alta, a timbragem dos instrumentos, no show da Demön Haunt, estava muito boa, tudo muito bem regulado - mesmo que os vocais teimassem em sair baixo -, com destaque para as linhas de baixo, que ficaram bem “na cara”. As linhas de guitarras eram, de certo modo, simples, como o estilo pede, mas certeiras, diretas. E a bateria beirava a insanidade, sem qualquer pudor ou temor de arrebentar nas partes velozes. E partes velozes foi o que não faltaram. O ‘set list’ trouxe músicas como “In League With Sagan”, “Anthropocene Sent to Hell” (esta contando com a participação de Rafael Henrique, um dos produtores do evento), “Never Wise Enough” (com a participação de outro produtor do evento, Eddie Hatred), “The Journey Back” (que foi uma homenagem a Davis Peste), “One Step Closer War Between Centuries”, “Ov Stone and Steel”, além de covers para “Ripping Metal” (Gravedäncer) e para a insana - e que colocou o público para o mosh - “Perto dos Portais da Loucura” (do Velho). Igor se comunicou bastante com o público, inclusive, falando sobre o significado das músicas. Um show insano, que durou pouco mais de 30 minutos.

Mais uma pausa para ajustes de palco, incluindo, aí, um backdrop da próxima banda, e às 23h20, uma “Intro”, hilária 
(mas, mesmo assim, mostrando certa crítica ao cristianismo, conservadorismo, político “deus, pátria e família”), quearrancou risos dos presentes, anunciava o show da Overdose Brain. Ao fim da “intro” já mandaram a música homônima, “Overdose Brain”, e a frente do palco do Darkside virou um caos! Foi lindo de ver o público se digladiando na frente do palco, batendo cabeça e cantando a música a plenos pulmões. A presença de palco do quarteto formado por Thiago Primitivo (vocal), Cláudio Barbanegra (guitarra), Alisson Gago Hell (baixo) e Wanderson Helldrummer (bateria), servia para deixar o público ainda mais insano. O vocalista Thiago tem carisma e por muitas vezes deixava o público cantar algumas músicas. O ‘set list’ foi baseado nos dois lançamentos da banda, o EP “Exército Metal” (2020) e o álbum homônimo, então executaram “Usado em Sacrifício”, “Devastador de Cemitério”, com o público se esgoelando e agitando sem parar. O som, bem definido, ajudava na apresentação, mas, bato na tecla de que o vocal ainda continuava baixo. Porém nada que atrapalhasse a experiência de prestigiar um show tão insano como este que eu estava vendo. Com todas as músicas em português, executaram, na sequência, “Destruição em Massa”. Thiago mencionou que era a segunda vez da banda em Recife e eu achava que era a primeira vez que estes maníacos se apresentavam por esses lados. Mesmo contando com apenas uma guitarra, o som estava bem preenchido. E tome “Metal da Devastação”, logo seguida de “666”, aí foi quando o vocalista lembrou de quando ele começou a ouvir som e sua mãe disse “menino, isso é música do diabo!”. O produtor Rafael novamente fez uma participação, dessa vez nos vocais de “Carne Podre”, que tem seu início totalmente Iron Maiden - ouça a música e tire qualquer dúvida. Para finalizar a insana apresentação, executam “Exército Metal”, que, quase ao seu final, o vocalista saiu do palco e foi para o mosh, junto com os presentes.

Entre o penúltimo show e o último show, pensei que o tempo de ajustes seria bem menor, mesmo o baterista e o guitarrista sendo os mesmos da banda anterior, Cláudio e Wanderson, respectivamente. Mas, após os ajustes necessários e a troca de backdrop, a banda saiu do palco e só voltaram bem depois... Acho que cerca de 50 minutos após o fim do show anterior.

Beirava 01h00, quando a Hell Poison deu início a sua apresentação. A banda, que é um projeto do vocalista/baixista Deathhammer, apresentou ao público, que no horário de sua apresentação já havia diminuído, um portentoso Speed Metal, com bastante nuances do Thrash e do Black Metal. E quando a banda subiu ao palco, notei que estavam com pinturas nos rostos e, por isso, a demora para dar início ao seu show. Mas quem esperou até o fim não se arrependeu. Eu conhecia a banda apenas de nome, e até tinha ouvido algo no YouTube. Gostei do que ouvi e até peguei material da Hell Poison nesse evento. Executando temas como “Built for Drink”, “Monday Lust (May the 06th)”, “Freddy is Back” (simplesmente frenética!), “When the Midnight Bell Rings”, “Breathing for the Filth”, e contando com uma sonorização muito boa, mesmo após três bandas terem feito uso do equipamento, o trio não se poupou e fez um show de encerramento calcado em músicas pesadas e velozes, como o estilo pede. E mesmo sendo um som que não carece de floreios ou partes rebuscadas, era notória a qualidade técnica da banda. O show foi um verdadeiro convite ao mosh. E o mosh aconteceu! Não havia muitos presentes, como já mencionado, uma vez que raramente o público fica até o fim, mas os bangers que ficaram, reuniram as últimas forças e foram agitar. As músicas eram curtas, e houve pouco intervalo entre uma e outra. Deathhammer interagiu pouco com o público, mas agradeceu bastante a quem estava ali, prestigiando a banda. Na verdade, nós, que lá estávamos, é que fomos agraciados, pois o Hell Poison fez um show de encerramento com pura energia. E falando em encerramento, a última música, “Fire Deep Within”, contou com a participação de Igor Moshcide (o cara participou, tocando, de três shows!), e esta chamou os presentes para encerrar com uma bela roda de mosh, finalizando o evento em clima de total confraternização e festa.

Grande noite, que teve a abertura de uma banda de Death Metal, mas que foi calcada no Speed Metal, claro, cada banda trazendo suas próprias características e influências diversas, como o Punk e o Thrash Metal. O público não chegou a lotar o local, mas foi bem diversificado, com muitas mulheres no local, além de um pessoal mais jovem, mantendo acesa a chama do Underground.

A notícia ruim do dia do evento foi a morte (suicídio) de Davis Peste, baterista bastante conhecido e reconhecido da cena Underground de Pernambuco, o qual tocou em bandas como Inner Demons Rise, Féretro, Decomposed God... Algo lamentável e que chocou - como não poderia deixar de ser - a todos que o conheciam.
 
 
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