“Extreme Bizarre Seduction” se trata do segundo álbum de estúdio da horda pernambucana Malkuth, lançado originalmente em 2001, via Demise Records. O lançamento original, há um bom tempo, já se encontrava fora de catálogo e é bem difícil de encontrar atualmente. Eu era um dos que procurava esse CD e não o encontrava. Felizmente ele acaba de ser relançado pela Ihells Produções, contando com uma nova arte de capa (a arte original pode ser encontrada ao desdobrar o encarte). O relançamento foi remasterizado por Hugo Veikon e a gravação está ótima, mas não posso fazer comparativo com a gravação original, já que não a conheço. O disco foi gravado, originalmente, em 2000, no Oficina Studio, na capital pernambucana, tendo a produção ficando a cargo da própria banda e de Proclo, na época. A formação contava com Holocausto (baixo), Sir Ashtaroth (vocal/guitarra), Nightfall (bateria), Daniela Nightfall (vocal/teclados) e Cyber Necro Daemon (teclados). As músicas do Malkuth sempre trouxeram algo de mágico e é algo bem inerente à banda, já que não é aquele Black Metal ríspido, mesmo que encontremos alguns andamentos dessa forma (vide “My Crucial Story About Jesus-Sinner”). O que encontramos, mesmo, nas músicas desse disco é algo bem ritualístico, com os teclados criando um clima sombrio e soturno, que te remete à paisagens cinzentas e de horror. Mesmo não usando de uma parte instrumental mirabolante ou acrescida de técnicas chatas, a banda consegue criar músicas que trazem certa melodia e não se prendem a uma brutalidade desenfreada. O que ouvimos é uma banda criativa, que compôs um álbum que se alterna entre partes agressivas e de puro andamento ritual, inclusive inserindo algumas pequenas passagens acústicas. Até mesmo os vocais ajudam nisso, mesmo que usados de forma mais contundentes, se assim posso qualificar. Falando em vocais, a inserção de vocais femininos cria ainda mais uma aura obscura à música do Malkuth nesse disco. Enfim, é um álbum de Black Metal que foge do lugar comum do estilo e quem conhece o Malkuth sabe a que me refiro. Esse relançamento ainda traz três bônus, que são músicas gravadas ao vivo (com uma boa gravação, saliento) em Natal/RN, em 2002, entre elas um cover do Rotting Christ. Eu só achei que o encarte deveria vim com mais informações, com maior conteúdo, inclusive as letras, afinal se trata de um relançamento e alguns atrativos a mais, além das músicas ao vivo, atrairia até mesmo quem já tem o álbum.