Após uma bela estreia com o EP “Gladiator”, a banda potiguar RevAnger chegou ao seu álbum de estreia “Be Quiet” agora em 2018. Percebi que as maiores mudanças foram na formação, já que aos músicos Patrick Raniery (vocal), Diego Rosado e Diego Nogueira (guitarras), se juntaram Rodrigo Fontes (baixo) e Elison Duarte (bateria). Falando na sonoridade, notei que “Be Quiet” é uma sequência natural do EP de estreia. Não há mudanças radicais na música, afinal podemos ouvir, nesse novo trabalho, aquele bom Heavy Metal apresentando na estreia, com algumas nuances do Hard Rock aqui e ali, além de adição de andamentos mais densos, talvez mais tensos em algumas músicas, mas sem deixar totalmente de lado o que fora feito na estreia. Há aquelas passagens que são puro convite para o bangin’, como podemos ouvir logo na abertura com a faixa-título. A voz grave, porém limpa e de fácil entendimento, de Patrick continua presente e, sem precisar de exageros ou buscar notas altas, o vocalista consegue acrescentar ‘punch’ em todas as músicas. “Rapid Killer” é um título que pede uma pegada mais fulminante e é isso mesmo que ouvimos nessa música. E puro Heavy Metal, com as guitarras vindo bem afiadas, além dos solos bem inseridos e empolgantes ao decorrer da música. Até mesmo os vocais se encaixam na letra dessa música, a qual pede algo mais agressivo. Como dito lá no início da resenha, esse primeiro álbum do RevAnger é uma sequência natural do EP de estreia, mas não soa igual, apesar de ser perceptível que é a mesma banda. “Be Quiet” é mais Heavy Metal; é mais direto; tem as guitarras como carro-chefe, mas também tem uma ‘cozinha’ que impressiona, pois é perceptível que ela (a ‘cozinha’) mantém o peso durante todas as músicas apresentadas, com o baixo pulsando firme e linhas de bateria que realmente empolgam. Eu poderia aqui comentar cada música presente nesse disco, mas acho que ele deve ser procurado pelo fã de Heavy Metal e ouvido por várias e várias vezes, apesar de que “Decapitation” é um dos momentos altos do disco, com sua levada tensa e pesada, além de “Nosferatu”, que é puro Heavy Metal, apesar de algumas passagens, digamos, mais densas. Enfim, detalhes serão descobertos a cada ouvida. Não, esse álbum não vai revolucionar o Heavy Metal, mas demonstra o quanto o estilo pode sempre nos surpreender com bandas como a RevAnger. A gravação está muito boa, feita no Nevada Studio. A parte gráfica correta com a capa, me desculpem o trocadilho, inquietante. Aumente o som!