DECOMPOSED GOD
“Storm of Blasphemies”
Burn Records/Your Poison – Nac.
Agora em 2018 a banda pernambucana de Death Metal Decomposed God, um dos nomes mais conhecidos no Estado, chegou a 24 anos (a banda surgiu com o nome Infernal Corrosion e posteriormente Decomposed em 2001, assumindo o nome Decomposed God em 1994). Nesse período apenas dois álbuns foram lançados, o último, “Bestiality”, há 10 anos. Depois de tanto tempo fora anunciado o lançamento de “Storm of Blasphemies”, que apesar de ser um novo trabalho, não se trata de um disco totalmente de inéditas, afinal apenas a música de abertura, “Delusion”, é uma música que ainda não havia sido lançada. As outras nove faixas são músicas provenientes do já citado “Bestiality” e do lendário álbum de estreia (em minha opinião um dos melhores discos de Death Metal já lançados), “The Last Prayer”, lançado em 2000. Vou começar falando pela inédita “Delusion”, uma faixa tipicamente Death Metal, numa continuação do que fora feito no “Bestiality”, com boas quebradas de tempo, andamentos e um vocal aterrador de Luiz Boeckmann, já há alguns anos na posição de ‘frontman’ da banda. Baixo latente de Jean Marcel, que ao lado do irmão Marco Antônio (guitarra) são os únicos membros originais. Agora descrever o que é o baterista Wagner Campos é algo quase impossível. Então me limito a: monstro! Como mencionado, as demais músicas contidas em “Storm of Blasphemies” advêm dos outros dois discos já lançados. Fiquei até receoso quando comecei a escutar, afinal o ‘debut’ álbum é perfeito para mim, como já mencionei. Mas a banda deu uma repaginada nas músicas, trazendo uma cara mais atual e outro tipo de gravação, a qual soou mais densa e deixando as músicas com um peso ainda maior, em se tratando da já mencionada gravação. Claro, também difere alguns arranjos e solos, além do vocal de Luiz e das linhas destruidoras de bateria de Wagner. Felizmente a banda não fugiu demasiadamente do que foi feito outrora no primeiro álbum, mas digo que esse novo trabalho está muito bruto. Lembro que quando falo bruto, não quero dizer que a banda faz uma música reta e sem mudanças, pelo contrário, o Decomposed God sempre mostrou muita criatividade no seu Death Metal. A parte gráfica está muito bonita, e ficou a cargo de Wanderley Perna (Genocídio), inclusive trazendo todas as letras. A gravação deixou toda a massa sonora bem definida e audível e foi feita em diversos estúdios, ficando a produção a cargo da própria banda. Digo que “Storm of Blasphemies” é um bom aperitivo para o que vem a ser o já prometido novo álbum de estúdio do Decomposed God. Saliento que o disco traz algumas participações, tais como Alcides Burn (Inner Demons Rise, vocais em “Dawn of Celestial Shadows), Diego DoUrden (Infested Blood, Mystifier, vocais em “Ecce Homo”) e Alex Camargo (Krisiun, vocais em “No Gods”).