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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Sanguinário Ataque Bestial 2011

Evento: Sanguinário Ataque Bestial 2011
Data: 06/08/2011
Local: C.U.C.A. – Açude Velho. Campina Grande/PB
Bandas:
- Distress (Death/Grind – PB)
- Berzerkers (Thrash Metal – SE)
- Demonized Legion (Death Metal – PB)
- Calvary Death (Death Metal – MG)
- Força Bestial (Thrash Metal – SE)

Resenha: Valterlir Mendes
Fotos: Gilvan Mariano e Valterlir Mendes


Mais uma edição do Sanguinário Ataque Bestial, que vem sendo produzida há alguns anos pelo incansável e batalhador Diego Vomitory. O evento, como de costume, novamente foi realizado em Campina Grande, na Paraíba. Como moro no interior de Pernambuco, decidi pegar a moto e cair na estrada, com mais um amigo, logo no início da tarde, afinal enfrentaríamos uma longa viagem, inclusive passando por trechos de asfalto pior do que estradas de terra. Mais tudo isso não foi capaz de nos desanimar para conferir um evento dedicado ao Metal.

Viagem tranquila e ainda deu tempo de tomarmos algumas geladas antes de nos dirigirmos para o local do evento. Por falar no local do evento, o C.U.C.A., que fica a beira do Açude Velho (pena que o açude esteja tal maltratado e sujo), voltou a abrigar eventos Underground, após uns tempos ‘jogado as traças’. Felizmente o local começou a ser recuperado e o Underground conseguiu esse espaço na bela Campina Grande. Vale lembrar que alguns shows estavam sendo realizado no Ypiranga Clube, o qual fechou suas portas para o Heavy Metal e seus subestilos, deixando os admiradores do estilo sem um local fixo e de bom porte para shows.

Noite bastante fria em Campina Grande. Chegamos por volta das 21h30 no local. O evento estava marcado, inicialmente, para ter início as 21h00, mas como já é algo comum, houve certa demora para ter início. Nas proximidades alguns bangers podiam ser vistos, inclusive de outras cidades próximas e até mesmo de outros Estados. Então comecei a acreditar que o público seria ao menos razoável nesta noite.

Antes mesmo de entrar, puder ver alguns fatos engraçados, e entre os mais engraçados foi ver um cara com uma garrafa de vodca tentando entrar, logo barrado pelos seguranças. Para não ter que deixar a garrafa no lado de fora ou com alguém, esse cara começou a beber a vodca como se fosse uma cerveja, e o litro, que estava praticamente pela metade foi quase totalmente ‘degustado’. Pensei comigo: “esse cara não vai aguentar o evento todo”. E foi isso que aconteceu. Ainda na primeira banda, na terceira música, depois de muito ‘bate cabeça’ e agitação, o cara apagou e foi devidamente carregado para algum local mais seguro e confortável. Bem, depois desses relatos, vamos aos shows...

Eu ainda estava no lado de fora, quando ouvi o início da introdução e o anúncio do início do show do Distress, banda oriunda da cidade Areia, vizinha de Campina Grande. Tratei logo de entrar, afinal eu conhecia a banda apenas de nome. Não me decepcionei com a sonoridade do quinteto formado por Beto Soares (vocal), Luênya Ripper (baixo), João Terrorizer e Jerônimo Hellbanger (guitarras) e Carlo Galzerano (bateria), que transita entre o Death Metal e algumas passagens do Grindcore. O início com “Endless Insanity” e “The Hypocritical Rulings”, mostrou uma banda altamente destrutiva, e ainda mais com a sonorização, muito bem equalizada, ajudando. Tudo era ouvido de forma bem nítida, inclusive as linhas de baixo de Luênya que, apesar de ficar num segundo plano no palco e bem parada, mostrou conhecer bem o seu instrumento. A ‘pegada’ do som do Distress é bom ‘old school’, fazendo lembrar alguns ícones nacionais do estilo (na década de 80), tais como o Sepultura (alguns riffs lembravam bastante as guitarras de “Bestial Devastation” e “Morbid Visions”), Vulcano e Sarcófago. Já a outra variante do som lembra bastante o Napalm Death e o Terrorizer, inclusive com o vocalista Beto se movimentando de forma similar ao de Barney Greenway (Napalm Death). O ‘set’ trouxe dez músicas, entre elas dois covers, de certa forma inusitados, afinal um foi para “Tortuous Ways” do Nephastus (‘cult’ banda formada no início da década de 90 em Campina Grande – e que prepara uma volta) e outro para “Electric Eye” do Judas Priest (essa finalizou o show). A banda fez um ‘set’ bastante coeso, chamando bastante à atenção do pequeno público presente, tanto pela sua fúria, como pela técnica e feeling, que devem sempre acompanhar esse tipo de música.

Após o primeiro show, uma parada para alguns ajustes de palco que, em minha opinião, não eram necessários, afinal o som estava bem nítido e sem apresentar falhas. Algum tempo depois era a vez do Berzerkers dar início ao seu show, que começou com uma instrumental, muito boa, por sinal, e do jeito que um show de Thrash Metal tem que começar. Por aí já deu para perceber que a banda faria uma apresentação muito boa, e com a execução de músicas como “Machine Gun”, “Idiot Suicide Killer” e “Fallen God”, o público se empolgou e se aproximou do palco para uma seção de moshes. O vocalista Lincoln Falcone mostrou segurança e um ‘punch’ violento nessa apresentação do Berzerkers, bem diferente da última vez que a banda havia tocado na cidade, onde fez um show apenas burocrático. Dessa vez a banda se redimiu e mostrou como deve ser um show de Thrash Metal, repleto de passagens violentas, guitarras furiosas, tanto nos riffs como nos solos e bateria martelada sem piedade. Mas nem só de violência é feito o som do Berzerkers, afinal o quinteto usou e abusou das típicas passagens marcadas, bem peculiares ao estilo e um verdadeiro chamado ao ‘banging’. O que atrapalhou mesmo foram as microfonias, que se estenderam durante toda a apresentação da banda, mesmo com os ajustes iniciais no palco. Durante o show, algumas pequenas falhas no palco, mas a energia emanada pelo Berzerkers, isso foi mero detalhe. O ‘set’ contou com músicas de sua Demo e algumas novas, que estarão presentes no primeiro álbum da banda, prometido para breve. E entre essas músicas, muito boas, por sinal, ainda mandaram um cover do velho Sarcófago, “Screeches From the Silence”. Esse é o Berzerkers que quero ver em todos os shows feito pela banda, uma mescla entre o Thrash Metal alemão e o Thrash Metal feito no Brasil na ‘encouraçada’ década de 80!

Diferentemente da banda anterior, o Demonized Legion não demorou muito para fazer ajustes no palco, tampouco para ajustes no som, mesmo com as microfonias que incomodavam no show anterior, e subiu no palco para fazer sua apresentação. Nos vocais da banda, Diego Vomitory, o ‘anfitrião da festa’, que estava muito à vontade no palco, com uma performance furiosa, alternando vocais guturais com passagens gritadas, simplesmente aterradoras. De início achei o som um pouco ‘magro’, uma vez que, ao meu ver, o som da banda é feito para duas guitarras, e nesse show apenas Lady Ripper (a baixista do Distress) empunhava a guitarra. Porém no decorrer da apresentação o som foi tomando ‘mais corpo’, e os méritos ficam para a ‘cozinha’ formada por Infernalis (baixo) e Decaptator (bateria), que conseguiram deixar o som, nesta noite, mais denso e cobrindo as lacunas surgidas por causa da falta de uma guitarra. Por falar na formação, a mudança surtiu um efeito espantável, no que se refere a qualidade, algo bem perceptível nesse show do Demonized Legion. Mesmo a guitarrista Lady Ripper sendo muito parada, compenetrada e séria, conseguiu executar as bases das músicas de forma bem demolidoras, inclusive na hora de alguns solos. A banda procurou fazer uma mescla entre músicas de seus dois trabalhos, entre elas “Intro.Ritual of Immolation”, “The Return of Death’s Empire” e “Sexual Death Massacre”. O que o público pode ver/ouvir nesse show do Demonized Legion foi uma ode à devastação sonora, com o quarteto desferindo um Death Metal, por vezes brutal, por vezes denso, pesado, doentio, mas sempre com um ‘pé’ fincado na forma mais tradicional do estilo. E vale mencionar que a sonorização voltou a ficar muito boa na hora do show da banda, com tudo soando de uma forma bem nítida, inclusive as linhas de baixo de Infernalis. A banda mandou um cover para “Scream Bloody Gore” do Death, tocado de forma ainda mais insana e finalizou seu ‘set’ com a excelente “The Christian’s Annihilation”. Destruidor!

Antes do próximo show ocorreu uma certa demora, assim deu tempo da galera andar um pouco no local, que é bem espaçoso, apesar de o palco ficar numa área menor e ser um pouco apertado, inclusive quando a banda tem mais de quatro integrantes, o palco fica ainda menor. A sua frente ficava o bar, onde o pessoal pôde tomar algumas cervejas, bem geladas, diga-se, e ainda pôde conferir os materiais que estavam à venda.

O problema da demora para ter início do show do Calvary Death foi justamente o horário, que já estava um pouco adiantado, e isso fez com que alguns dos presentes já começasse a ir embora. Tudo certo nos palcos e o trio começou sua apresentação com a música que dar nome ao seu último álbum de estúdio, “Serpent”, que, como no álbum, veio posteriormente a “Intro (Hell)”. Só com esse início, e mesmo se tratando de uma música mais recente, deu para perceber que a banda mantém suas raízes, ou seja, fazendo um Death Metal primitivo, que mesclava algumas bases mais velozes, com algo mais cadenciado e denso, inclusive com alguns andamentos tenebrosos, fúnebres, chegando a lembrar o Death/Doom Metal. E foi muito bom ouvir que a sonorização, mesmo após três shows, continuava muito boa, com tudo soando maravilhosamente nítido, e isso só faz com que a banda só se preocupe em fazer seu show. Da formação original apenas o grandalhão e esguio Ruddy Souza, que após mais uma mudança na formação da banda, agora está assumindo as guitarras e os vocais. Vocais estes que mesclam momentos de guturais cavernosos com algumas passagens gritadas. Não tem como ouvir “Excruciation” e “Antichrist” e não ser remetido ao Death Metal dos anos 80, mais especificamente o feito pelas bandas mineiras, como o Calvary Death é, daquela época. E olha que essas músicas são mais recentes! O ‘set list’ desse show foi baseado nos dois álbuns da banda, lançados no decorrer dos seus 24 anos de atividades (contando o início como Túmulo de Ferro). A apresentação da banda seria mais longa, com muitas músicas no ‘set’, porém em razão do horário avançado e do nítido cansaço do restante do público, o show foi encurtado, mas não deixou de contar com a clássica “Gritos da Boca do Inferno”, logo seguida de “The Fall of Lucifer” e “I’m Spiring”, todas presentes no primeiro álbum do Calvary Death, “Jesus, Intense Weeping” (lançado em 1994). Apesar da importância da banda para o Underground nacional, o público se mostrou muito apático, mas vale mencionar que já era bem tarde, além do cansaço físico e bebidas no decorrer da noite. Mas o Calvary Death mostrou que ainda se mantém fiel as suas raízes, e isso é o que todos que se fizeram presentes queriam ver/ouvir.

Já beirava as 04h00 quando a banda sergipana Força Bestial deu início ao seu show. Com uma “Intro” instrumental a banda deu início ao seu ‘set’, e logo pensei se tratar de uma banda de Death Metal, em razão das bases mais cavernosas ouvidas nessa música introdutória, mas com a execução de “Terror Sádico” essa impressão se desfez , já que a banda é adepta de um veloz e agressivo Thrash Metal, onde sua sonoridade tem muito daquelas paradinhas típicas do estilo. O vocalista segue uma linha mais grave em suas vocalizações, mas também lança mão de alguns agudos, que deixam o som ainda mais atrativo. Mesmo com o pouco público presente, o Força Bestial não se intimidou e agradou bastante àqueles que ficaram para ver o seu show. E o mais impressionante: a sonorização ainda estava muito boa, com toda a parte instrumental soando bem audível e alta. Após a execução de mais uma música própria: “Blitzkrieg, O Retrato da Carnificina”, foi anunciado o primeiro cover. Pensei se tratar de alguma música de banda nacional, afinal todas as músicas próprias do Força Bestial foram cantadas em português, porém o cover ficou para a clássica “Metal Church” da banda de mesmo nome. Apesar de algumas escorregadas na execução desse clássico, os presentes gostaram bastante de ouvir esse clássico do Heavy Metal sendo tocado. Após isso a banda voltou aos sons próprios, com “Falsas Promessas”, Thrash Metal de início veloz, mas de decorrer com bases ‘marcadas’. O Força Bestial fez um show bem linear, sem fugir de sua proposta, que é de fazer um Thrash Metal furioso, por vezes veloz, por vezes cadenciado e de bases marcadas, e para coroar a sua apresentação mandaram mais um cover, dessa vez para “The Antichrist”, música presente no álbum “Show no Mercy” do Slayer. Não poderia ter fechado o show de melhor forma.

No fim, apenas um público regular, onde se esperava mais pessoas, até mesmo pela volta dos eventos Underground no C.U.C.A., que passou muito tempo fechado. E mesmo com o número de bandas e os atrasos, o saldo foi bom, inclusive em se falando da parte sonora, que respondeu muito bem em todos os momentos do evento, com a exceção do show do Berzerkers, onde as microfonias insistiram durante toda a apresentação. Só uma pergunta: o que vem acontecendo com o público, que não comparece em massa?
 
 
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