Wheels of Confusion: em entrevista, baterista revela sua história
O Wheels of Confusion vem se destacando por mesclar com uma qualidade ímpar, elementos de Heavy e Stoner, gerando assim uma sonoridade forte e empolgante. Recentemente a banda lançou seu single de estreia, “The Sound of a Brazen Bell”, e no momento está preparando uma nova música, “Black Sky Coming Down”, para lançamento em breve.
Formada por músicos com ótimos serviços prestados na cena do Sul do Brasil, tivemos a oportunidade de conversar com um deles, o baterista Bruno Neves, que nos contou um pouco a respeito de sua história na música pesada, e de como surgiu o convite para fazer parte do Wheels of Confusion.
Quando descobriu a bateria e se interessou pelo instrumento?
A bateria surgiu cedo na minha vida, através da influência familiar. Aos 05 anos tentava executar músicas dos Ramones e AC/DC quando via os clipes na MTV, e fui aprendendo sozinho, até que iniciei aos 06 anos de idade os estudos com um professor.
Quais bandas e projetos você já participou e quantos registros já gravou como músico profissional?
Como um músico profissional hoje no Brasil, é inevitável ter que participar de diversos projetos e bandas para poder ter um bom retorno. Houve épocas em que estive em oito bandas ao mesmo tempo, sendo vários tributos, covers e algumas autorais. Em estúdio tenho registros de singles, discos e alguns clipes. Destaco o vinil “A máquina está grávida” lançado com os Bardos da Pangeia em 2018 e o EP “You” lançado com a Elixir Inc. em 2019 (produção com Adriano Daga e mix e master com Brendan Duffey), ambos com clipes disponíveis no YouTube e músicas nas plataformas digitais. Hoje, participo e gravo diversos projetos, mas a minha banda de trabalho é a Elixir Inc.
Como baterista, quais são suas grandes influências musicais e quais músicos você se inspira?
Hoje me influencio por tudo que escuto, seja Rock, Pop, Reggae, MPB, Eletrônico até o Metal! Ouço desde Pink Floyd, até música nativista gaúcha e Metal extremo. Eu sou um grande fã do clássico e as minhas maiores referências passam por John Bonham, Keith Moon, Buddy Rich, Nicko McBrain e Lars Ulrich. Algumas influências nacionais que me inspiram posso citar Cláudio Infante, Kiko Freitas e no Metal a nova “safra” com Bruno Valverde e Eloy Casagrande! Vale destacar também o Aquiles Priester, com quem pude estudar e é uma grande referência no quesito profissional da carreira.
Qual ‘set’ de bateria você costuma usar para gravações e shows? Se existir diferenças entre um e outro, mencione elas e os motivos que o fazem escolher diferentes instrumentos para gravar e tocar.
Não tenho um ‘set’ definitivo, procuro adaptar ele para cada projeto respeitando as necessidades musicais. Em estúdio procuro explorar sonoridade, já ao vivo, tento mesclar a sonoridade e também um visual bacana para quem está assistindo e é entusiasta da bateria como eu. Meu ‘set’ ao vivo hoje com a Elixir é uma bateria luthier, feita sob medida, baseado em baterias antigas de Rock, bumbo 24” e tambores grandes mesclados com outros sem pele de resposta. Em estúdio, exploro peles diferentes, tamanhos e medidas diferentes e claro que ajusto o ‘set’ pensando na microfonação ideal para aquele projeto.
Como surgiu o convite para integrar o Wheels of Confusion?
O Felipe Carlesso, que é o idealizador do projeto, dividiu os palcos comigo num projeto cover de Motorhead chamado “Aftershock”. Desde então mantivemos contato e o Felipe me mostrou as Demos desse projeto, que achei muito legal e já topei na hora.
Qual sua contribuição como compositor e arranjador musical na banda?
As Demos já estavam bem encaminhadas quando entrei em estúdio, mas como em todo trabalho em equipe, surgiram situações em que tive ideias e sugestões de alteração conforme a coisa foi tomando forma. O arranjo de bateria foi todo elaborado em estúdio, por mim, já que o Felipe deu essa liberdade.
Após o lançamento do primeiro single “The Sound of a Brazen Bell”, o que você pode revelar aos fãs que está sendo preparado musicalmente pelo Wheels of Confusion?
O EP conta com músicas bem diferentes uma das outras, então com certeza o público vai se contentar com o quesito novidade nas próximas músicas. A sonoridade também está muito legal, em conjunto com o Matheus Carrer no Cosmic Music tiramos um som de bateria excelente.
Para encerrar deixe uma mensagem para o leitor que ainda não conhece os seus trabalhos!
Procurem meu canal no YouTube: “Bruno The Last Neves Drummer”, onde tenho alguns ‘drum covers’ e vídeos de gravações. Outro projeto que gravo e faço mixagem e masterização, é uma banda de Collab surgida na pandemia e tem bastante material bacana com Rock e Metal Progressivo: “ProgRam Music Productions”. E claro, pesquise Elixir Inc. nas plataformas digitais e mídias sociais, tem bastante material sendo produzido mesmo em período de pandemia!