A Caverna: em entrevista, vocalista revela os desafios ao cantar em português
Com o EP “Saia da Caverna” e o single “Ainda não Acabou” em fase de divulgação e com o novo EP, “Tempos Estranhos”, praticamente na boca do forno, o trabalho do duo A Caverna é abordado em entrevista para o site Rock Vibrations, realizada no final de abril/2020.
Formado pelo vocalista Zélão e pelo guitarrista Rafael Orsi (ex-Genocídio e atual The Anger), o projeto tem como meta abranger uma sonoridade que remete imediatamente ao Rock/Metal cantado em português nos anos 80 e 90, com uma cara única e diferenciada. Na própria entrevista este detalhe é destacado por Vinny Almeida, que não deixou de citar a abordagem acessível do EP e as melodias que remetem às décadas passadas. Na opinião de Zélão, há uma forte influência de Rock nacional ‘oitentista’ e parte do pós-punk e Metal, revelando ainda detalhes sobre o próximo EP: “No segundo EP estou trazendo uma influência mais forte de Type O Negative e Tiamat recente no jeito de cantar, mas ainda assim, é algo muito sútil. Tem as influências do Orsi também... Enfim, a produção é toda dele, no estúdio Into Chaos Produção, e creio que estamos conseguindo uma cara própria pro trabalho!”.
Tema decorrente, o músico foi abordado sobre cantar em português, revelando: “No A Caverna eu optei desde o início pelo português pois me coloquei no desafio de cantar essas músicas. Conheço o idioma inglês mas não sou perito nele, então não me sentiria sincero ao passar as mensagens que queria passar com esse trabalho. E a sinceridade que quero expressar com as letras desse trabalho me obrigam a mandar em nosso idioma. Opinião minha (risos). Existe muito debate sobre escrever Metal em português, muitos falam que é difícil... Pra mim os desafios são os mesmos, e não direi que nunca voltarei a escrever para algum trabalho em inglês... Apenas esse não será, e a razão é exatamente essa: A sinceridade que posso transmitir aos ouvintes cantando em nossa língua!”.
Confira a entrevista no Rock Vibrations clicando aqui.
Amparados pelos músicos convidados Ricardo Penha (baixo) e Rafa Hernandez (bateria), Zélão e Rafael Orsi aguardam uma possível diminuição nos casos de COVID-19 e consequentemente afrouxamento das medidas de distanciamento social para dar continuidade ao processo de finalização do emblemático “Tempos Estranhos”, título dado ao EP antes da pandemia ter início, e que terá uma abordagem temática diferente e intrigante: se o primeiro trabalho dizia para “sair da caverna” e buscar a libertação de certa forma dos padrões alienantes da sociedade, desta vez, no novo “Tempos Estranhos”, a banda explicou que a abordagem geral será o tempo, o passar do tempo, a alienação advinda do tempo que passa cada vez mais rápido, e as ilusões que as novas tecnologias nos oferecem, ao mesmo tempo que alienante, também nos tirando parte imensa de nossa vida.
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