O ‘power trio’ gaúcho Holy Time, de Caxias do Sul, já está compondo seu novo EP, ainda sem título, sucedendo assim o bem recebido EP “Time is the Only Way”, que apresenta duas faixas autorais e um cover de “Crying in the Rain”, mundialmente conhecido pela versão do A-HA. As duas músicas novas, “Don’t Blame me Now” e “‘Till the End of it All” prometem novas doses de um Metal carregado de diversas influências e letras profundas, baseadas em experiências do baixista e vocalista Eduardo Aita.
“‘Till the End of it All” será também o primeiro clipe da banda, e tem como foco de sua mensagem a importância da amizade no combate à depressão, de como isso faz toda a diferença para quem esta à beira do precipício. Eduardo, que já passou por problemas relacionados à depressão, comenta: “Principalmente entre homens, há uma mentalidade de não demonstrar fraqueza, mesmo para os amigos mais próximos. E essa mentalidade acaba fazendo com que quem se encontra em sérias dificuldades sinta vergonha de pedir ajuda, preferindo muitas vezes terminar com tudo antes de parecer fragilizado. E este mesmo jeito de pensar também impede o amigo de oferecer seu apoio, pois não quer fazer seu amigo acreditar que o considera um fraco. Algumas pessoas ainda acabam encontrando apoio na família, mas outras têm mais proximidade com os amigos do que com a família, e acabam sofrendo muito mais por ter essa barreira. E esta combinação de freios pode ser fatal. ‘‘Till the End of it All’ chama a atenção para a força que um amigo consegue transferir a quem pensa que já não tem nada a perder e nada mais pelo que lutar”.
Além de Eduardo, o Holy Time conta ainda com Geraldo Aita (guitarra) e Samuel Dutra (bateria), músicos que experientes e que, a exemplo do EP, buscam novas influências para seu Heavy Metal, do Pop ao som mais pesado. “Nós três temos background bem parecidos e ao mesmo tempo diferentes... Podemos usar de exemplo o histórico do Geraldo, que tocava num dos maiores expoentes do Power Metal aqui da região, o Burning in Hell. Na hora de compor juntamos tudo no mesmo caldeirão e o que sair é basicamente a sonoridade que estamos buscando, sem muito estresse em achar que falta peso ou que há muitas melodias. Acho que este é o ponto de equilíbrio que toda banda deve ter”, finaliza Eduardo.
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