Pure Hate: vocalista fala sobre seu início na música pesada e sobre suas maiores influências

Preparando-se para lançar as músicas de seu álbum de estreia, a banda alagoana Pure Hate segue divulgando seu trabalho através dos singles já disponibilizados. Com sua música pesada, agressiva e bruta, o quarteto vem se credenciando como uma das principais revelações do Metal Extremo nacional nos últimos anos. Enquanto as novas músicas não são lançadas, o vocalista e guitarrista Pedro Eduardo bateu um papo com a Roadie Metal, onde falou a respeito de seu início na música pesada, e de suas influências como músico. Confira abaixo:
Como a música e o Rock/Metal entraram em sua vida?
Descobri a música ainda muito pequeno quando escutava minha mãe e meu tio sacando som em casa. Na época (entre 89 e 92) o que rolava na vitrola e no toca-fitas eram RPM, Titãs, Engenheiros, Legião... Porém, segundo minha mãe, eu já escutava Rock And Roll ainda na barriga dela.
Como surgiu seu interesse pelo vocal e pela guitarra?
Eu sempre ‘viajei’ na bateria, mas era e ainda é um instrumento caro e difícil de ter em casa para mim. Comecei a cantar com 13 anos na banda Indigentes, já que era mais fácil e barato de fazer, além de ter descoberto uma certa aptidão para a coisa e já haver tido algumas experiências na escola quando criança cantando Rap e também mandando uns guturais. Enquanto cantava na minha primeira banda, fui aprendendo e evoluindo alguns riffs com os parceiros de banda e amigos nas rodas de violão. Um dia a necessidade de tocar guitarra apareceu por conta do desligamento de um dos guitarristas da minha segunda banda, a Absurdos Sociais, que logo mudou para apenas Absurdos. Comprei uma guitarra para aventurar cantar e tocar, apesar de preferir estar mais solto no palco, mas acabei gostando muito do poder do instrumento.
Cite três vocalistas que te influenciaram.
Barney Greenway (Napalm Death, Benediction e Extreme Noise Terror), Lee Dorian (Napalm Death e Cathedral) e Ozy (Porrada).
Indique aos leitores três músicas desses vocalistas.
Do Barney Greenway, eu cito “Utopia Burns”; do Extreme Noise Terror, “Suffer The Children”; e “Greed Killing” do Napalm Death. De Lee Dorian indicaria três músicas do Napalm Death: “It’s AM.A.N.S. World”, “Unchallenged Hate” e “Life?”. Quanto ao Ozy, indicaria todo o álbum “Long Live Grindcore”.
E quanto a guitarra? Quais suas três maiores influências?
Como guitarrista eu citaria o Jão (Ratos de Porão), o Trevor Peres (Obituary) e o Andy LaRocque (King Diamond, Death).
Que músicas indicaria para quem não conhece o trabalho dos três?
Do Jão, indicaria “Amazônia Nunca Mais”, “Contando Os Mortos” e “Escravo da TV”; do Trevor, “Don’t Care”, “Memories Remain” e “The End Complete”, e do Andy, “Sleepless Nights”, “Black Hill Sanitariun” e “Just a Shadow”.
Toda música tem uma mensagem a ser passada. Como você busca passar essa mensagem através da música do Pure Hate?
Tento entregar a minha música da maneira mais verdadeira, com a sonoridade que me agrada e que me representa naquele momento. Procuro passar mensagens que as pessoas façam uso, não apenas saquem o instrumental e a agressividade da voz, preciso passar o conteúdo que acredito que sirva de influência para que a gente lute por um mundo melhor, por construção individual e coletiva, unindo a diversão, denúncia e informação num meio só.
Mais informações:
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